_Espere!
Quero fazer algo escandaloso e um tanto doloroso.
_Me
conduza com seu escapulário de pedras, esse ornamento da era barroca em seu
peito que me faz delirar em rancor.
_Daime!
Me leve com você ou me de seu escapulário, estou sedento.
Ele
quer me mostrar o caminho dos formigueiros dos açucares que perdi depois de
tanto tempo escondido.
_Me
mostre o escapulário pequeno homem!
Não
me rele a mão nos lábios, suas ofensas se fazem contagiosas, quero seu
escapulário para adorar em simpatia.
_Homem
me de o escapulário!
Agora
sem demora!
Por
favor, não me faça de sabugo de milho!
Não
me deixe em eterna espera, estou faminto estou sem fé e sem pé, estou perdido e
cheirando cravo com rapé.
_Finge
que não me vê depois de sua canção falhar, as pessoas vão deixar de acreditar
sem seus plantios nojentos, feitos em hortas e urtigais sujos, sem escrúpulos.
Vamos
agora repartir o ornamento de pedras que tanto almejei em seu peito, mas que
nunca fui capaz de conquistar.
Olhe
para o lado!
Tenha
piedade de mim seu feiticeiro dos ventos!
Não
esqueça estamos chegando ao fim!
Sem medo e sem termos em leis.
Passe esse ornamento ornado em riqueza, esmerado em luxúria!
Para o lado branco e estreito da vida que me conduzo confuso.
Sem medo e sem termos em leis.
Passe esse ornamento ornado em riqueza, esmerado em luxúria!
Para o lado branco e estreito da vida que me conduzo confuso.
Escapulário
do egoísmo, egocentrismo tudo que o rodeia e o faz mais feliz que todos.
Te
conservo e pleiteio sua voraz cegueira, me tornando algo menos importante por querer e morrer tentando.
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